Dubai inaugura torre mais alta do mundo com mais de 800 metros

O Dubai inaugura na próxima segunda-feira a torre mais alta do mundo, com a ambição de desafiar os limites da arquitectura mas também de cuidar de uma imagem afectada pela crise da dívida.

O promotor do Burj Dubai, da Emaar Properties, grupo controlado pelo Governo, permanece silencioso quanto à altura do seu arranha-céus. Diz apenas que o obelisco de aço e vidro tem mais de 800 metros.

Os 160 andares do edifício absorveram 330.000 metros cúbicos de betão e 31.400 toneladas de ferro e avistam-se a 95 quilómetros de distância.

O Burj Dubai – que inclui mais de mil apartamentos, tem 49 andares de escritórios e um luxuoso hotel Armani nos pisos inferiores – é o elemento central de um gigantesco projecto imobiliário de 20 mil milhões de dólares, que dá pelo nome de “Downtown Burj Dubai”. Este complexo conta com 30 mil apartamentos e o maior centro comercial do mundo.

Apesar da queda dos preços do imobiliário no último ano, da recente crise de pagamentos do emirado, os agentes imobiliários anunciaram, pouco antes da inauguração, uma subida da procura pelas novas unidades residenciais do Burj.

Os preços do imobiliário caíram 50 por cento em 2009, embora os agentes imobiliários garantam que a quebra não foi tão grande no Burj Dubai, onde o metro quadrado chegou a cotar-se a 5500 dólares, no pico do boom imobiliário.

Burj Dubai poderá ser o último dos projectos faraónicos que fizeram a reputação mundial do Dubai, o emirado da ilha artificial com a forma de uma palmeira. As empresas gigntes ds negócios imobiliários do Dubai estão em crise. O gigante que construiu a ilha artificial, a NaKheel, é uma filial do conglomerado Dubai World, o qual pediu uma moratória de vários milhares de milhões de dólares.

Para muitos, o Burj Dubai deverá conservar por muitos anos o recorde mundial de altura, já que outros projectos deverão ficar na gaveta à espera que passe a crise económica mundial. No Dubai, reconhece-se que a principal força motriz dos arranha-céus é a economia.

daqui: http://economia.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1415969